Apenas a título de comparação, vale à pena conhecer o que foi escrito no ano de 1986 sobre o assunto. Vejam só:
"Poderia levantar-se a hipótese do dentista brasileiro majoritário como um homem de 35 anos, de prática geral, que no máximo emprega uma assistente de consultório, serve a 1000 pessoas por ano que lhe visitam, em média, três vezes, tem uma entrada equivalente entre 5 e 10 salários mínimos, realiza sua prática num consultório particular, porém tem um trabalho a nível institucional (serviço, pesquisa ou docência). Serve a 15% da população brasileira, pratica mais o enfoque curativo-reparador, utiliza equipamento sofisticado, passa longos períodos de pé ou sentado, usa óculos e apresenta pequenos problemas de surdez, dor e solidão, além de algumas moléstias nas costas, se diverte pouco e passa (ainda que muito tempo desocupado) mais de 10 horas diárias no seu consultório."
O trecho acima foi extraído de um artigo de Jorge Cordón escrito há mais de 20 anos. O que permanece e o que se modificou neste perfil?
CORDÓN, Jorge. A saúde bucal e o mercado de trabalho odontológico. Saúde em Debate. Londrina, nº 18, p.52-64, dez., 1986.