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Porque, como diria o velhinho barbudo, os dentistas fazem sua história, mas não a fazem como querem; não a fazem sob circunstâncias de sua escolha e sim sob aquelas com que se defrontam diretamente...
18 junho 2008
16 junho 2008
Reflexões sobre o dentista e o mundo do trabalho
Resumo inscrito no ENATESPO 2008:
Este trabalho corresponde a uma primeira construção teórica do projeto de pesquisa “Autonomia ou assalariamento precário? - O trabalho dos cirurgiões-dentistas na Região Metropolitana de Salvador.” Entendemos que o que empiricamente se convencionou chamar “crise da Odontologia” necessita ser entendido à luz do regime de acumulação flexível, o qual promove formas precárias de trabalho, ao mesmo tempo em que ocorre um progressivo assalariamento das chamadas “profissões liberais”. Nosso objetivo consiste na delimitação das categorias pertencentes à Sociologia do Trabalho, necessárias à compreensão das transformações do mundo do trabalho no qual se insere o cirurgião dentista. A metodologia empregada foi a revisão de literatura. Resultados e conclusões. A caracterização feita por Marx de trabalho produtivo como aquele que diretamente produz mais-valia, ou seja, que se presta à valorização do capital, ou ainda o que se representa em mercadorias, nos leva a perceber que uma parte significativa dos dentistas realiza trabalho produtivo. As múltiplas modalidades de inserção dos profissionais de saúde mercado de trabalho permitem a construção de tipologias como as de Donnangelo, que toma como ponto de partida o “profissional liberal” e a partir dele encontram atipias e anomalias. Movimento inverso é empreendido por autores que se debruçam sobre a precarização do trabalho, primeiro caracterizando o trabalhão “padrão”, para em seguida contrastá-lo ao trabalho atípico, precarizado. É importante destacar que os cirurgiões-dentistas, ao elegerem a condição de autônomo como ideal a ser perseguido, o fazem na contramão de grande parte dos trabalhadores, que procuram avidamente a inserção regida pelo regime salarial. Uma possível explicação seria a de que o processo de precarização do trabalho do cirurgião-dentista ocorre exatamente pela via do assalariamento, seja este ou não atípico.
Este trabalho corresponde a uma primeira construção teórica do projeto de pesquisa “Autonomia ou assalariamento precário? - O trabalho dos cirurgiões-dentistas na Região Metropolitana de Salvador.” Entendemos que o que empiricamente se convencionou chamar “crise da Odontologia” necessita ser entendido à luz do regime de acumulação flexível, o qual promove formas precárias de trabalho, ao mesmo tempo em que ocorre um progressivo assalariamento das chamadas “profissões liberais”. Nosso objetivo consiste na delimitação das categorias pertencentes à Sociologia do Trabalho, necessárias à compreensão das transformações do mundo do trabalho no qual se insere o cirurgião dentista. A metodologia empregada foi a revisão de literatura. Resultados e conclusões. A caracterização feita por Marx de trabalho produtivo como aquele que diretamente produz mais-valia, ou seja, que se presta à valorização do capital, ou ainda o que se representa em mercadorias, nos leva a perceber que uma parte significativa dos dentistas realiza trabalho produtivo. As múltiplas modalidades de inserção dos profissionais de saúde mercado de trabalho permitem a construção de tipologias como as de Donnangelo, que toma como ponto de partida o “profissional liberal” e a partir dele encontram atipias e anomalias. Movimento inverso é empreendido por autores que se debruçam sobre a precarização do trabalho, primeiro caracterizando o trabalhão “padrão”, para em seguida contrastá-lo ao trabalho atípico, precarizado. É importante destacar que os cirurgiões-dentistas, ao elegerem a condição de autônomo como ideal a ser perseguido, o fazem na contramão de grande parte dos trabalhadores, que procuram avidamente a inserção regida pelo regime salarial. Uma possível explicação seria a de que o processo de precarização do trabalho do cirurgião-dentista ocorre exatamente pela via do assalariamento, seja este ou não atípico.
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